Os trabalhadores da Gerdau de Pindamonhangaba paralisaram as atividades nesta quarta-feira (02/07) por uma hora, em defesa dos empregos na unidade que atua no setor automotivo e siderúrgico. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP
A paralisação ocorreu durante a madrugada e manhã, sendo posteriormente estendida por decisão dos trabalhadores em assembleia, encerrando às 9h, totalizando duas horas de paralisação na portaria da fábrica.
A paralisação foi motivada pela preocupação com a queda de produção na unidade, reflexo do cenário instável do mercado global de aço, mesmo sem um anúncio oficial de demissões por parte da empresa.
De tudo que a cidade exporta para 55 países, apenas 4% corresponde a aço destinado aos Estados Unidos, o que indica que a ampliação das taxas de importação de aço pelos EUA não impacta diretamente Pinda.
No entanto, há receio de que as medidas adotadas pelo governo norte-americano gerem maior entrada de aço chinês no mercado brasileiro, o que pode pressionar a produção interna.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, André Oliveira, a paralisação teve como objetivo chamar a atenção da Gerdau para considerar sua posição global favorável antes de tomar qualquer medida que afete os empregos.
“O Sindicato tem acompanhado de perto o ritmo de produção em Pinda, discutido constantemente com a empresa, e tentando ao máximo atrasar o impacto desse cenário sobre os trabalhadores aqui. Não podemos aceitar que uma empresa que continua mantendo bons níveis de pagamentos aos acionistas, com preço das ações até subindo, não considere isso na hora de preservar sua mão de obra”, afirmou André.
O governo brasileiro renovou a sobretaxa de 25% para reduzir a importação de aço e ampliou de 19 para 23 os tipos de produtos incluídos na lista. Entre as siderúrgicas brasileiras, a Gerdau se posiciona favoravelmente, pois possui unidades nos EUA e suas ações chegaram a valorizar após o anúncio das medidas por Donald Trump.
A Gerdau se manifestou por nota e se posicionou conforme a nota abaixo:
"A Gerdau confirma que houve manifestação sindical organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos local em frente à sua unidade em Pindamonhangaba (SP), na manhã desta quarta-feira (2). A companhia reforça que a importação de aço chinês tem causado ameaças à indústria brasileira e aos empregos. A Gerdau ressalta que tem acompanhado as discussões em âmbito setorial com o Governo Federal e os órgãos responsáveis para que sejam adotadas medidas mais adequadas à defesa comercial da indústria nacional do aço e a preservação dos empregos brasileiros".
A Gerdau de Pindamonhangaba emprega cerca de 2.500 trabalhadores, sendo uma das principais empregadoras do município. Pinda tem a maior participação metalúrgica do Vale do Paraíba, com 22% da mão de obra dedicada ao setor, totalizando 8.325 trabalhadores.
O segmento siderúrgico permanece como o maior empregador, com 3.172 empregados, incluindo fundição e forjaria, sem queda nos números desde o início de 2025.
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A paralisação aconteceu para defender os empregos diante do cenário de baixa produção e incertezas do mercado de aço, mesmo sem anúncio de demissões.
Inicialmente prevista para uma hora, a paralisação foi estendida para duas horas, terminando às 9h desta quarta-feira (2).
Não diretamente, já que apenas 4% do aço exportado de Pinda vai para os EUA. O temor é que isso gere maior importação de aço chinês no Brasil, pressionando o mercado local.
A unidade possui cerca de 2.500 trabalhadores e faz parte de um setor que emprega mais de 8 mil metalúrgicos na cidade.
O Sindicato dos Metalúrgicos cobra que a Gerdau considere seu cenário global favorável e o lucro com os acionistas para garantir a preservação dos empregos em Pinda.
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