Jacareí enfrenta uma grave crise financeira que impacta diretamente serviços essenciais como o SAMU, coleta de lixo e o pagamento de benefícios aos servidores públicos. A paralisação de serviços e as dívidas acumuladas geram preocupações em diversas áreas da administração municipal. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
Coleta de lixo paralisada e retomada com incertezas
A coleta de lixo ficou paralisada por dois dias devido à falta de pagamento de benefícios trabalhistas. Os trabalhadores voltaram ao trabalho após o recebimento da primeira parcela do 13º salário, vale-alimentação e tíquete. No entanto, existe o temor de uma nova paralisação no dia 5 de dezembro, quando a empresa Ambiental, responsável pelo serviço, deve pagar a Participação de Lucros e Resultados (PLR).
Em entrevista à TV Vanguarda, o prefeito Izaias Santana declarou que a situação ainda é crítica. “Novembro e dezembro serão meses muito difíceis para a administração. Vamos trabalhar com o fluxo de caixa e comunicaremos à empresa se haverá possibilidade de repassar outra parte do que devemos”, afirmou.
Crise financeira também atinge o SAMU
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) acumula uma dívida de três meses com o município. O valor total é de R$ 1.475.000, referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro. A prefeitura solicitou ao consórcio Consavap, que regula o serviço, o parcelamento da dívida a partir de 2025, mas ainda aguarda uma resposta.
O prefeito ressaltou que o SAMU está sendo administrado para evitar interrupções nos atendimentos. “O SAMU é bem administrado e tem recursos suficientes para que nenhum serviço essencial seja comprometido”, garantiu.
Impactos na educação e servidores
Os servidores da educação foram afetados com a redução da carga horária administrativa e cortes no tíquete-refeição para o período de férias escolares. A decisão faz parte de um pacote de contenção de gastos adotado pela prefeitura, que inclui a suspensão de novas obras não vinculadas a repasses estaduais ou federais.
Segundo o prefeito, a crise foi comunicada previamente. “Desde março divulgamos a situação nas redes sociais, na Câmara Municipal e em fóruns públicos. A redução de repasses federais desde 2019 tem onerado municípios, principalmente em saúde e educação”, explicou Izaias Santana.
Crise no transporte coletivo
Em novembro, o transporte coletivo entrou em greve devido à falta de repasse de subsídios para a empresa JTU, responsável pelo serviço. A paralisação foi mais um reflexo do cenário de dificuldades financeiras enfrentado pela administração municipal.
Perspectivas para a gestão
Izaias Santana afirmou que está tomando medidas para reduzir a dívida da prefeitura, que deve encerrar o ano abaixo de R$ 50 milhões, comparada aos R$ 116 milhões de 2016. “Estamos fazendo todo o esforço para que o próximo prefeito encontre condições de pagar janeiro e fevereiro sem comprometer os serviços essenciais”, concluiu.
Com a crise afetando setores críticos, a prefeitura segue buscando alternativas para minimizar os impactos à população enquanto tenta equilibrar as finanças públicas.
Siga nosso Instagram
Criador e proprietário do site vale360news.com.br, jornalista com especialização em Gestão da Comunicação de Mídias Digitais e com passagens pelas Rádios Globo e CBN, do Grupo Globo, em São Paulo, onde foi Chefe de Reportagem, apresentador, repórter e produtor. Jesse ainda coleciona passagens pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e outras emissoras de rádio e TV do Vale do Paraíba.
Leia mais
Criança fica ferida em explosão de gás em Caraguatatuba
Motoristas enfrentam horas de trânsito lento na Via Dutra e na Carvalho Pinto, no Vale do Paraíba, na volta do feriado
Salvamento no Pico dos Marins mobiliza Bombeiros após mal súbito de mulher, de 57 anos, em trilha de 1.800 metros de altitude