Homem que espancou Miss Drag Queen em São José dos Campos é condenado a nove anos de prisão. A sentença foi publicada pelo Juiz Brenno Gimenes Cesca nesta segunda-feira (31/07). Na decisão, o magistrado determina prisão fechada, de nove anos e dois meses, a Marcelo de Paula Barbosa. O agressor de Wanderlan Lucas Barbarossa, a Makra Beetch, foi condenado pelos crimes de roubo e homofobia.
Marcelo de Paula Barbosa negou o crime e ter deficiência em uma perna e pesava 50 kg no dia do fato, o que dificultaria a agressão à Miss Drag Queen São José. A Defensoria Pública, que entrou no caso para defender o agressor disse acreditar que o condenado tenha sido confundido com outra pessoa e alegou não haver testemunhas presenciais.
“É de se concluir que a prova produzida relativamente à autoria não traduz a certeza exigida nas decisões proferidas pela Justiça Penal, não podendo, assim, embasar um decreto condenatório”, justificou a Defensoria.
O juiz Brenno Gimenes Cesca não acatou os argumentos da defesa e alegou que “as palavras e reconhecimentos seguros da vítima nas duas fases da persecução penal, aliados aos demais elementos de prova ventilados, são suficientes a demonstrar a existência e autoria do delito de roubo”.
Ele ainda pontuou a prática de violência no dia do crime: “na medida em que a violência física fora empregada no mesmo contexto fático e para o fim exclusivo da subtração do celular, ainda que tenha sido antecedida daquela”.
O caso
Miss Drag Queem São José dos Campos foi brutalmente espancada em 14/04, pela Rua Vilaça, região central da cidade. Wanderlan Lucas Barbarossa, de 31 anos, é gay e é conhecido como Makra Beetch. No relato à reportagem, a vítima disse que estava saindo de um festa e se dirigindo a um bar karaokê no centro da cidade e quando ele e um amigo chegavam ao local dois homens gritaram, chamando-os de “veados”. “Quando fui olhar pra trás, ele já me atingiu na cabeça. Meu amigo conseguiu ir buscar ajuda enquanto eles ficaram me batendo”. O homem teve vários dos ossos da face quebrados e ficou com o rosto deformado. “Quebraram alguns ossos do meu rosto, me deixaram muito machucado e sem dentes, assim que desacordei, eles aproveitaram para levar meu celular. É nítido que esse crime foi de homofobia, eles chegaram já me batendo, e só descansaram depois de me machucar muito”, relatou.
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