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Mulher de Taubaté é Presa Injustamente por três dias, depois de ter dados roubados

Mulher de Taubaté é Presa Injustamente por três dias, depois de ter dados roubados. As informações foram apuradas pelo Portal G1 e confirmadas pelo Vale 360 News. Gaiva Rodrigues alertou os policiais de que havia tido os documentos roubados e fez um boletim de ocorrência, mas ainda sim teve o mandado de prisão expedido. A semelhança entre ela e a verdadeira criminosa é que elas são negras. “Por ser preto e usar trança no cabelo, eu passei de criminosa”, disse ao Portal G1.

O golpe dado na mulher de Taubaté presa injustamente teve início em setembro do ano passado, quando ela foi vítima ao comprar um carro. Ela perdeu R$ 16 mil, uma vez que descobriu que o veículo vendido para ela era de uma locadora. Na compra, ela enviou a cópia da documentação pessoal e teve os dados compartilhados com os criminosos.

Já em 2022, ela descobriu contas diferentes no nome dela em dois bancos diferentes. Os valores depositados ou transferidos para uma das contas entravam e rapidamente eram enviados a uma terceira conta. A partir deste momento, Gaiva suspeitou de golpes aplicados no nome dela.

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Ainda em entrevista ao Portal G1, ela disse que a Polícia tinha afirmado que ela não seria presa. “Eu separei todos os documentos, fui até a delegacia, fiz o boletim de ocorrência e alertei que meus dados tinham sido compartilhados com o golpe do carro e perguntei se eu poderia ser presa por isso e a polícia me afirmou que não, já que eu havia feito um boletim de ocorrência”, conta.

Como foi a prisão da mulher de Taubaté?

 

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Foto: Reprodução redes sociais

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A prisão de Gaiva Rodrigues aconteceu em março, quando uma vítima da quadrilha do PIX foi à delegacia e reconheceu Gaiva como sendo a criminosa. A vítima mostrou os comprovantes para o qual fez o depósito e a polícia fez uma busca na internet com o nome e encontrou uma foto de Gaiva. Negra e com cabelos trançados. A foto de Gaiva foi mostrada a vítima que a reconheceu como sendo a criminosa. A partir disso, o delegado pediu a prisão dela, que foi decretada em março.

Antes, ela ainda foi acusada e detida por roubo a mão armada em Pindamonhangaba, crime cometido em setembro de 2021. No momento em que ela foi abordada, Gaiva atendia um cliente. A mulher conta que a todo momento disse que tinha um boletim de ocorrência por roubo dos dados dela, mas ainda sim foi algemada por horas e os policiais ignoraram o que ela falava.

A investigação

 

A investigação da Polícia Civil se mostrou frágil, uma vez que a única imagem que os investigadores tinham era uma foto antiga de uma rede social. Quando a defesa de Gaiva pediu o reconhecimento presencial, a vítima não a reconheceu como sendo a criminosa. Mas até aí, passaram-se três dias em um lugar em que não deveria estar.

A mulher conta que fez de tudo para não ser presa e a polícia que deveria protege-la a puniu. “E por ser preta, como a vítima disse ser a criminosa, eu fui mantida ali”, conta.

Gaiva disse que mesmo aprovar a inocência precisa andar com o alvará de soltura na bolsa, uma vez que o processo ainda tramita.

“Pelo reconhecimento de uma foto, sem qualquer investigação, ela foi presa, exposta e constrangida. É uma falha enorme da polícia e do judiciário, que concordou com a prisão. Isso tudo precisa ser reparado”, comentou Bruna Resek.

Posição da Secretaria de Segurança Pública

 

Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que o caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia Seccional de Taubaté e confirmou que, após a prisão, a vítima não a reconheceu como sendo a criminosa e a autoridade policial manifestou pela sua liberdade. Disse ainda que foi solicitada quebra de sigilo bancário e as investigações prosseguem visando ao esclarecimento dos fatos.

Sobre o reconhecimento sendo feito em desconforme com as regras e o pedido de prisão baseado unicamente em uma foto, a pasta não comentou.

 

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