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Padre é acusado de racismo em pizzaria de Jacareí

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Padre é acusado de racismo em Jacareí. O caso revoltou os moradores da cidade. Wendel Ribeiro seria pároco da igreja Nossa Senhora do Rosário, localizada em São José dos Campos, e teria se negado a ser atendido por um garçom negro que trabalha em uma pizzaria de Jacareí, no domingo (18/07).

José Oliveira de Jesus, de 62 anos, conta que estava trabalhando quando o padre chegou ao estabelecimento e se sentou. “Azeitona”, como é conhecido o garçom, relatou que em determinado momento do atendimento, o padre foi até o balcão da pizzaria e teria dito a um funcionário que não “queria ser atendido por aquele pretinho, que não deveria carregar o nome de Jesus”. O garçom também contou que durante todo o atendimento feito por ele, o padre, permaneceu de cabeça baixa, ignorando-o.

Revoltado com a situação, o garçom denunciou o caso em suas redes sociais e o relato viralizou, motivando José Jesus a procurar a Delegacia Sede de Jacareí para fazer um Boletim de Ocorrência por injúria racial.

O delegado do caso, Talis Prado, disse que para que o inquérito seja instaurado, a vítima além do boletim de ocorrência, que já foi feito, precisa representar (querer) que o processo siga. Esta manifestação, no entanto, ainda não aconteceu.

De acordo com delegado seccional, José Jesus, tem seis meses para representar contra o padre.

Nas redes sociais, José Jesus, ostenta orgulhoso a alcunha de ser o garçom mais antigo de Jacareí e ter tido o privilégio de ter servido o Papa João Paulo Segundo.

O padre ainda seria ligado a Opus Dei, ala ultraconservadora da igreja católica.

Outro Lado

Por meio de nota, a Diocese de São José dos Campos ressaltou que tais atos (racismo) são inaceitáveis em qualquer esfera da sociedade, “principalmente vindo do âmbito religioso, cujo lugar é propagar o respeito mútuo, o amor sincero e o diálogo. ‘Não podemos tolerar ou fechar os olhos ao racismo e à exclusão de qualquer forma e, pretendemos defender a santidade de toda vida humana”, afirmou o Santo Padre Francisco em audiência pública em junho de 2020’. Fica assim manifesto publicamente nossas orações, apoio e amizade às vítimas, e a certeza de que juntos venceremos e combateremos qualquer ato discriminatório que fira qualquer pessoa”, continua a nota.

A reportagem ainda não conseguiu contato com o Padre Wendel Ribeiro.

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