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Polícia Civil de Caçapava apreende documentos e identifica suspeitos de aplicar golpe do terreno no Vale do Paraíba

Uma operação realizada pela Polícia Civil de Caçapava na manhã desta quinta-feira (24/04) resultou na apreensão de dezenas de documentos, contratos suspeitos de falsificação e dois veículos. Dois homens foram levados à delegacia para prestar depoimento, suspeitos de aplicar o chamado “golpe do terreno”, que já fez vítimas em várias cidades do Vale do Paraíba, como Caçapava, São José dos Campos, Jambeiro e até em municípios do Litoral Norte. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO

Como funcionava o golpe do terreno?

Segundo o delegado titular de Caçapava, Dr. Hugo Pereira de Castro, os suspeitos vinham de São José dos Campos, anunciavam terrenos que não lhes pertenciam e fechavam negócios principalmente com pessoas de baixa renda. Para viabilizar as transações, aceitavam veículos como pagamento e entregavam contratos falsos de compra e venda.

“Eles anunciavam terrenos que não eram deles e vendiam para pessoas mais humildes. Quando a vítima tentava tomar posse, descobria que o terreno nem estava à venda”, explicou o delegado.

Operação foi desencadeada a partir de boletins de ocorrência

A investigação teve início após duas vítimas procurarem a Delegacia de Polícia de Caçapava. Ambas relataram que haviam entregado veículos como forma de pagamento e, ao verificarem a situação do terreno, constataram o golpe. A partir disso, a polícia solicitou seis mandados de busca e apreensão, cumpridos em endereços de São José dos Campos.

“Apreendemos dezenas de contratos e acreditamos que grande parte deles está vinculada a fraudes. Agora vamos analisar um a um e verificar se as vítimas já registraram boletins de ocorrência”, afirmou o delegado.

Suspeitos vendiam em nome de terceiros

Durante as investigações, foram identificados três principais envolvidos: Dalton, Sebastião e Estevão. Sebastião, em alguns casos, se apresentava como o suposto proprietário do terreno. Em Jambeiro, a Polícia encontrou até plantas indicando tentativa de parcelamento ilegal de solo.

“O Sebastião estava parcelando ilegalmente terrenos em Jambeiro. Isso também é crime e será apurado”, informou o delegado Hugo.

Polícia orienta vítimas a registrarem boletim de ocorrência

Dr. Hugo alertou que o número de vítimas pode ser bem maior do que o atualmente identificado e reforçou a importância do registro formal:

“Você que caiu no golpe do terreno, registre o boletim na delegacia da sua cidade. Com os dados no sistema, conseguimos identificar e cruzar informações com os contratos apreendidos”, disse.

Criminosos usavam aparência de legalidade, mas não tinham autorização

Os suspeitos não eram corretores credenciados nem tinham qualquer autorização legal para intermediar vendas de imóveis.

“Essas pessoas não têm CRECI, não têm autorização dos órgãos competentes. Não se pode comprar imóvel de quem não tem qualificação para isso”, alertou Dr. Hugo.

Próximos passos: indiciamento e pedidos de prisão preventiva

A Polícia Civil vai indiciar os suspeitos por organização criminosa e estelionato. A Justiça autorizou o bloqueio de contas bancárias e apreensão de veículos ligados aos suspeitos.

“Vamos representar pela prisão preventiva de todos. A quantidade de contratos nos surpreendeu. Há indícios claros de uma organização criminosa estruturada para aplicar esse tipo de golpe”, concluiu o delegado.

Perguntas Frequentes

O que é o golpe do terreno?
Trata-se de um tipo de estelionato onde os criminosos vendem terrenos que não lhes pertencem, utilizando contratos falsificados.

Como os golpistas agiam?
Anunciavam terrenos em nome de terceiros, aceitavam carros ou motos como pagamento e entregavam contratos sem validade legal.

Quais cidades foram afetadas?
Já há registros de vítimas em Caçapava, São José dos Campos, Jambeiro e outros municípios do Vale do Paraíba e do Litoral Norte.

O que a polícia apreendeu?
Foram encontrados diversos contratos suspeitos, plantas de loteamentos ilegais, veículos e documentos. Contas bancárias também foram bloqueadas.

O que fazer se fui vítima?
Registrar imediatamente um boletim de ocorrência na delegacia da sua cidade para que o caso possa ser incluído na investigação.

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