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Polícia Civil de Caçapava instaura inquérito para investigar conduta de médico e superiores

Polícia Civil de Caçapava instaura inquérito para investigar conduta de médico e superiores. O inquérito foi aberto, nesta quinta-feira (10/04), por determinação do delegado titular da cidade, Hugo Pereira de Castro. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO

A investigação vai ouvir o médico César Citti, os superiores dele na Prefeitura e aqueles que trabalhavam com o cardiologista. Cesar Citti foi alvo de uma investigação da TV Vanguarda, que acompanhou a rotina dele por um mês, em investigação do repórter Rauston Naves.

A Prefeitura de Caçapava disse que ainda não foi notificada sobre a investigação que será conduzida pela Polícia Civil.

Citti, segundo a reportagem deveria cumprir 40 horas semanais no Centro de Especialidades Médicas (CEM), equipamento da Prefeitura, no entanto cumpria entre 08 e 10 horas. Citti, segundo a reportagem ficava no local por cerca de 2 horas por dia e depois se dirigia a clínica particular, onde atende, no centro de Caçapava.

O médico de Caçapava pediu demissão depois do escândalo. Ele era concursado da Prefeitura há 34 anos. Na última folha de pagamento, de acordo com o Portal da Transparência, ele recebeu R$ 17.932,61.

Médico de Caçapava
Foto: Reprodução Portal da Transparência

Outro lado

O médico Cesar Citti não quis se pronunciar à TV Vanguarda e nem ao Vale 360 News.

O prefeito de Caçapava, Yan Lopes (PODE), foi procurado pela TV Vanguarda e disse que “Isso é um absurdo e não pode ser tolerado. Isso não pode acontecer aqui em Caçapava. A gente tem regra e a lei é a mesma para todos. A gente recebeu na pasta da saúde uma denúncia explicando uma possível irregularidade de um médico que batia o ponto e ia embora, concursado, recebendo mesmo não trabalhando. Eu vi as imagens. Elas são surdas e a gente vai apurar para que isso não volte a acontecer em Caçapava”

Questionamentos

A Prefeitura de Caçapava foi questionada sobre diversos pontos, uma vez que disse ter aberto uma CPAR (Comissão de Processo Administrativo de Responsabilização) no dia 07 de abril, com autorização do Prefeito no dia 08, pela manhã.

O Vale 360 News pediu acesso à documentação, o que foi negado pela Prefeitura, sob a alegação de que o processo é sigiloso. A Prefeitura ainda foi questionada com outras duas questões:

1)Quem é o chefe do médico no local. Ele nunca percebeu o que o médico fazia?

Resposta da Prefeitura: “A chefia dele foi quem percebeu o problema e indicou a abertura da sindicância”.

2)Por que mesmo sabendo da conduta do médico, a Prefeitura não o afastou?

Resposta da Prefeitura: “Quem determina o afastamento é a CPAR, composta por servidores. O prefeito não pode fazer o afastamento direto. A CPAR iria se reunir nesta tarde, mas pela manhã o médico foi ao RH da prefeitura e pediu demissão”.