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Por que eu fiz a cirurgia bariátrica?

Por que eu fiz a cirurgia bariátrica? Essa pergunta eu tenho ouvido constantemente de amigos e até mesmo das pessoas que me seguem pelas redes sociais e, por isso, decidi compartilhar a minha experiência com esta audiência e com aqueles que possam vir a ter acesso a este canal. Afinal, apesar de toda a informação existente a respeito do procedimento bariátrico sempre restarão dúvidas por parte daqueles que pretendem fazer a cirurgia e, porque não, daqueles que já fizeram. Ademais, as respostas à pergunta acima podem ser variadas, mas creio haver uma convergência que leva a uma resposta única: saúde.

É bom, antes de mais nada, esclarecer que as dúvidas a respeito da bariátrica devem ser sanadas pelo médico especialista no assunto. Ele vai orientar quais são os procedimentos e avaliar os riscos à saúde do paciente. Aqui segue apenas um relato de como ocorreu o processo que aconteceu comigo, mas pode mudar para outros bariatricados.

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A decisão de fazer a bariátrica

Ao longo da minha vida sempre lutei contra a balança e perdi a conta de quantas dietas tentei ao longo de quatro décadas. Já havia procurado os mais diversos especialistas para tratar da obesidade, que é uma doença, porém tratada com normalidade pela maioria da população. A visita aos especialistas sempre resultava nas mesmas recomendações: dieta, exercício físico e outras ações pertinentes ao tratamento. Em um ponto sempre fui reticente: tomar remédios para controlar o apetite. Nunca aceitei, exceto na última tentativa antes da cirurgia, na qual fiz uso de uma caneta com uma substância que inibia o apetite. Mas pouco tempo depois, o tratamento já não estava surtindo efeito desejado. As idas e vindas aos médicos sempre resultavam no chamado “efeito sanfona”, ou seja, emagrece e engorda.

Mais recentemente, de 2020 para 2021, houve uma piora nos exames médicos, que sempre foram bons, apesar da obesidade. Nas visitas aos médicos a recomendação sempre foi a de fazer a cirurgia bariátrica. Tratava a ideia como mais um dos artifícios que poderiam não resultar em nada até que conversando muito em casa decidi me submeter ao procedimento. Os resultados dos exames mostravam que a qualidade e expectativa de vida só iriam piorar, caso a doença não fosse controlada.

A procura por um especialista em cirurgia bariátrica

Com a decisão de fazer a cirurgia, o passo seguinte foi procurar um cirurgião bariátrico. Isso posto, agendamos a visita e fomos orientados a respeito de como seria o processo. A ida para mesa de cirurgia iria requerer acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada pelo cirurgião, nutricionista, endocrinologista e psicóloga. O sucesso da bariátrica está atrelado às recomendações dos especialistas, além da tríade, que veremos em outro post: alimentação, exercício físico e foco (aqui entra muito do aspecto emocional).

Na primeira conversa com o cirurgião, ele mostra, explica as técnicas cirúrgicas e fala dos benefícios de cada uma delas. As mais comuns: bypass e sleeve. Eu escolhi o bypass, afinal estava com IMC (Índice de Massa Corporal) em 48, que significa obesidade grau III. O bypass tem maior perda de peso do que o sleeve. Este estágio de obesidade reduz em 10 anos a expectativa de vida. Este é o grau mais elevado de obesidade que é uma doença crônica com influência de diversos fatores, inclusive o genético.

Os primeiros passos pós-consulta para a cirurgia bariátrica

No meu caso, o tratamento multidisciplinar durou de três a quatro meses com visitas mensais aos profissionais mencionados acima. Só encararia a cirurgia caso fosse laudado por eles, liberando-me para fazer a cirurgia. O segundo mês foi o mais tenso, uma vez que havia emagrecido como combinado no primeiro mês, mas tinha engordado tudo novamente no retorno do mês dois. O alerta dos médicos era de que poderia não ser liberado para a bariátrica no terceiro mês. Na volta, porém, consegui emagrecer novamente o esperado por eles e fui liberado.

Agora, com os laudos liberados era só o convênio analisar os documentos e exames e liberar a bariátrica.

* Por Jesse Nascimento, bariatricado, diretor do Vale 360 News