Ubatuba confirma caso de Febre Oropouche. Entenda mais sobre a doença. A confirmação foi feita pela Prefeitura na manhã desta quarta-feira (14/05). O paciente infectado é da região norte da cidade e mora próximo a área de mata e que tem alta incidência do mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim, pólvora ou mosquito-pólvora. Não há detalhes a respeito do estado de saúde do paciente. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
A doença estava restrita à região Norte do Brasil, mas já se alastrou por cidades da região. São seis casos registrados até o momento no Vale do Paraíba e Litoral Norte, de acordo com dados do Ministério da saúde.
Casos de febre Oropouche na região em 2025
- Bananal: 1
- Caraguatatuba: 1
- Cruzeiro: 1
- Jacareí: 1
- São Sebastião: 1
- Ubatuba: 1
O que é a febre oropouche? Conheça os sintomas, formas de transmissão e prevenção
A febre oropouche é uma doença viral causada pelo vírus Oropouche (OROV), que pertence à família Peribunyaviridae. Ela é considerada uma arbovirose, ou seja, uma enfermidade transmitida por insetos vetores, como mosquitos. Embora seja mais comum na região amazônica e em partes do norte e nordeste do Brasil, a doença tem despertado atenção nacional devido ao aumento no número de casos em áreas urbanas.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão ao ser humano ocorre por meio da picada de insetos infectados. O principal vetor identificado em áreas urbanas é o mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Esse inseto costuma se proliferar em ambientes úmidos, próximos a matas, áreas alagadas ou com resíduos orgânicos acumulados. Em regiões de mata, outros mosquitos também podem estar envolvidos na circulação do vírus.
É importante destacar que não há transmissão direta de pessoa para pessoa. A propagação do vírus depende da presença do vetor.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da febre oropouche geralmente surgem de 3 a 8 dias após a picada do inseto infectado. Os mais comuns incluem:
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Febre alta de início súbito
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Dor de cabeça intensa
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Dores musculares e nas articulações
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Náuseas e vômitos
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Fotofobia (sensibilidade à luz)
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Tontura e sensação de fraqueza
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Em alguns casos, surgem erupções na pele (exantema)
Apesar de causar mal-estar significativo, a febre oropouche costuma ter evolução benigna, com melhora espontânea em até 7 dias. Porém, em parte dos casos, os sintomas podem retornar dias após o desaparecimento inicial, o que caracteriza uma fase recorrente da infecção.
Existe tratamento?
Não há medicamento específico para combater o vírus Oropouche. O tratamento é sintomático, ou seja, voltado para aliviar os sintomas, com uso de analgésicos e antitérmicos prescritos por profissionais de saúde. É essencial evitar o uso de medicamentos com ácido acetilsalicílico (como a aspirina), pois podem agravar quadros hemorrágicos, caso ocorram.
A hidratação adequada e o repouso são fundamentais para a recuperação.
Como prevenir?
A prevenção está diretamente ligada ao controle dos vetores e à proteção individual contra picadas de insetos. Algumas orientações incluem:
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Usar repelentes de insetos nas áreas expostas do corpo
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Instalar telas em portas e janelas para impedir a entrada de mosquitos
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Evitar acúmulo de matéria orgânica e água parada onde os vetores possam se reproduzir
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Utilizar roupas de mangas compridas e calças, especialmente em regiões de mata ou próximas a áreas alagadas
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Reduzir a vegetação muito próxima de residências em áreas de risco
Febre oropouche é uma ameaça emergente?
Apesar de ser conhecida há décadas, a febre oropouche tem ganhado destaque por se expandir para áreas urbanas com maior densidade populacional, o que amplia o risco de surtos. A vigilância epidemiológica e o diagnóstico rápido são essenciais para conter a disseminação e evitar confusões com outras arboviroses, como dengue, zika ou chikungunya.
Criador e proprietário do site vale360news.com.br, jornalista com especialização em Gestão da Comunicação de Mídias Digitais e com passagens pelas Rádios Globo e CBN, do Grupo Globo, em São Paulo, onde foi Chefe de Reportagem, apresentador, repórter e produtor. Jesse ainda coleciona passagens pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e outras emissoras de rádio e TV do Vale do Paraíba.
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