Doença Mal da Vaca Louca em Pinda é boato pelo que apurou o Vale 360 News junto a médicos da Santa Casa. A “fake news” ganhou corpo nesta quinta-feira (22/08), com a ampla divulgação do caso de um homem que está internado na Santa Casa através de grupos de mensagens e redes sociais. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
De acordo com informações apuradas pela reportagem, o paciente sofre da chamada doença de príons, que são doenças neurodegenerativas raras e uniformemente fatais. Um erro de comunicação teria causado a confusão, que deu origem ao boato de que o paciente internado na Santa Casa teria o Mal da Vaca Louca.
A partir daí diversas inverdades começaram a se propagar na cidade a respeito do consumo de carne de vaca. A Prefeitura de Pinda divulgou nota na qual descarta qualquer tipo de caso relacionado ao Mal da Vaca Louca na cidade.
“A respeito de informações que têm circulado sobre paciente com a doença da ‘Vaca Louca’ em Pindamonhangaba, a Secretaria de Saúde de Pindamonhangaba, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que não existe nenhuma notificação de nenhum órgão ou estabelecimento de saúde pública ou privado sobre a constatação da doença.
A Vigilância Epidemiológica entrou em contato com a Santa Casa e está monitorando o caso de um paciente que está apresentando um quadro de demência progressiva, cujo diagnóstico não foi concluído. A Santa Casa informou à Vigilância Epidemiológica que está apurando o caso e realizará uma reunião técnica médica para conclusão do diagnóstico.
Vale ressaltar que não há casos no Brasil em bovinos – transmissores da doença – e nem em humanos no ano de 2024. Toda a carne bovina comercializada no país passa por rigoroso controle de qualidade e inspeção de órgãos sanitários, portanto, não há razão para criar pânicos junto à população”.
Doença de Príons
“As doenças do príon (ou encefalopatias espongiformes transmissíveis) são um grupo de doenças neurodegenerativas invariavelmente fatais caracterizadas por demência progressiva e disfunção motora. Essas doenças ocorrem nas formas espontânea, genética e adquirida. Os pacientes comumente apresentam alterações da personalidade ou comportamentais, mioclonia, distúrbios visuais, problemas de movimento e/ou falta de coordenação. A sobrevida desde os primeiros sintomas é de tipicamente <1 ano nos casos esporádicos e adquiridos. A sobrevida de pacientes com doença do príon genética varia muito, de alguns meses a vários anos, dependendo da mutação”.*
Mal da Vaca Louca
O Mal da Vaca Louca pode ser transmitida aos ruminantes (principalmente bovinos) quando alimentados com ração contendo farinha de carne e ossos de animais com a doença.
Já para humanos, O Mal da Vaca Louca pode ser transmitida se houver consumo de determinados produtos de um animal que tenha contraído a doença.
Mal da Vaca Louca no Brasil
No Brasil, um caso do Mal da Vaca Louca em animais foi registrado em março de 2023, em Marabá (PA), em um bovino de nove anos de uma pequena propriedade. Na época, o caso foi considerado atípico e não foi transmitido a humanos.
Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca, provocados pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados. Causado por um príon, molécula de proteína sem código genético, o mal da vaca louca é uma doença degenerativa. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja. Daí sua denominação científica, encefalite espongiforme bovina.
No País, o consumo de carne é extremamente seguro, uma vez que o nosso sistema de criação de bovinos, principalmente engorda, é quase que inteiramente a pasto e a suplementação alimentar que damos para o gado é à base de proteína vegetal, como soja, milho e caroço de algodão.
Além disso, desde o aparecimento da doença na Europa, o serviço oficial de defesa sanitária animal do Brasil adotou medidas para evitar a introdução da Doença da Vaca Louca no país, tais como a proibição de importação de animais e seus produtos vindos de países com registro da doença, e a proibição do uso de proteína animal na alimentação de ruminantes exceto leite e derivados.
Matéria em atualização
*Fonte: BMJ Beste Practice
Foto de Capa: by vwalakte on Freepik
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