A Justiça decretou, nesta quarta-feira (02), a prisão preventiva de três das quatro mulheres presas por associação criminosa e estelionato contra idosos em São José dos Campos. As suspeitas foram detidas em flagrante na última terça-feira (01) durante uma ação conjunta entre policiais civis do 1º Distrito Policial de São José dos Campos, a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Militar. O delegado titular do 1º DP, Reinaldo Checa Júnior, forneceu detalhes sobre a operação e as investigações durante entrevista ao Vale 360 News na tarde desta quarta-feira (02). CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
De acordo com o delegado, as investigações começaram há cerca de um mês, quando a primeira vítima, uma idosa de 73 anos, registrou um boletim de ocorrência relatando o golpe sofrido. “Identificamos que as mulheres utilizavam um veículo GM/Onix com placas de São Paulo para cometer os crimes. A partir daí, inserimos o carro no sistema de radares inteligentes do CSI (Centro de Segurança e Inteligência) de São José dos Campos, e ele passou a ser monitorado”, disse Reinaldo Checa Júnior.
Ainda segundo o delegado, a quadrilha tinha um modus operandi definido, com cada integrante desempenhando um papel específico. “Uma delas ficava no interior das agências bancárias, observando os idosos que realizavam saques, enquanto duas permaneciam do lado de fora para abordar as vítimas. A quarta integrante conduzia o veículo utilizado para armazenar os objetos furtados e dar suporte à fuga”, explicou.
As três mulheres que permaneceram presas têm extensa ficha criminal e comentaram diversos delitos em cidades Grande São Paulo.
Detalhes da abordagem e prisão
O delegado relatou que a prisão em flagrante ocorreu após o sistema de monitoramento detectar o veículo utilizado pelas suspeitas em uma rua próxima à Avenida Nelson D’Ávila. “O CSI emitiu um alerta de que o carro estava na região central. Imediatamente, acionamos a Polícia Militar, que conseguiu interceptar o veículo na Rua Dolzani Ricardo. No interior do carro, encontramos diversos documentos, cartões de crédito e outros pertences que pertenciam a vítimas”, relatou.
Durante a abordagem, uma das suspeitas, de 35 anos, confessou ser a responsável por conduzir o veículo e servir de “olheira” para as comparsas. A segunda mulher, de 27 anos, também admitiu sua participação nos crimes, mas se recusou a fornecer mais informações sobre a atuação do grupo.
“A operação contou com a colaboração do CSI e da Polícia Militar, que conseguiram localizar as mulheres após o veículo ser monitorado. Elas já vinham sendo investigadas por outros três casos de estelionato registrados na cidade”, acrescentou o delegado Reinaldo Checa Júnior.
Reação das vítimas e recomendação à população
O delegado explicou que, no momento da prisão, as suspeitas foram reconhecidas por duas vítimas que estavam na delegacia. “Ligamos para o filho de uma das vítimas, que identificou os documentos e objetos encontrados no veículo como pertencentes a sua mãe, uma senhora de 73 anos que havia acabado de sofrer o golpe”, afirmou.
Checa Júnior enfatizou que o grupo utilizava um método específico para abordar os idosos. “O modus operandi era sempre o mesmo: elas simulavam a queda de uma carteira no chão e se aproximavam das vítimas com um presente para desviar a atenção. Enquanto uma das criminosas distraía a vítima, a outra aproveitava para furtar bolsas ou outros pertences de valor”, descreveu.
Decisão judicial
Após a prisão em flagrante, o delegado solicitou a conversão das detenções em prisão preventiva. A Justiça acatou o pedido, decretando a prisão preventiva de três das quatro mulheres. A quarta integrante, que não possuía antecedentes criminais, foi liberada para responder em liberdade.
“Essas mulheres são criminosas contumazes. Elas saíam de São Paulo para aplicar golpes aqui em São José dos Campos e agiam de maneira organizada. Com a prisão preventiva, acreditamos que conseguiremos manter as autoras detidas até o término do inquérito”, declarou o delegado.
Reinaldo Checa Júnior destacou ainda que outras vítimas podem comparecer ao 1º DP para reconhecimento fotográfico das suspeitas e registro de boletim de ocorrência. “Estamos à disposição para identificar mais vítimas e reunir mais provas. É importante que todos aqueles que foram lesados procurem a delegacia para que possamos concluir a investigação e garantir que essas criminosas sejam responsabilizadas por todos os crimes cometidos”, concluiu.
Não perca a oportunidade de ficar bem-informado sobre as notícias. Ganhe tempo e receba no seu WhatsApp. Aperte o botão abaixo e entre no nosso grupo.
Leia mais
De Pinda: PM morre eletrocutado em atendimento de ocorrência em São Paulo
Filho arremessa cadeira contra o pai, de 84 anos, agride irmã em Pinda e é preso
Homem tenta atropelar e matar ex-companheira em Jacareí