Quatro moradores do Vale do Paraíba estão presos por participação nos atos terroristas em Brasília contra os prédios dos Três Poderes em Brasília, na tarde do último domingo (08/11). A informação é do jornal OVale.
Letícia Santos Lima, de 30 anos, moradora de Taubaté; Alethea Verusca Soares, de 48 anos, de São José dos Campos; Marisa Fernandes Cardoso, de 54 anos, de Guaratinguetá; e Edson Carlos Campanha, de 62 anos, de Caraguatatuba, constam na lista divulgada pela Seape (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária).
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Eles estavam em ônibus que saíram da RMVale em direção à capital federal no último final de semana. OVALE apurou que pelos menos três ônibus haviam saído de São José em direção a Brasília, além de fretados em cidades como Taubaté e Guaratinguetá.
Entre os detidos, a joseense Alethea publicava até as últimas semanas participando de atos em frente ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeronáutica) pedindo ‘intervenção federal’ e contra a confiabilidade das urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno da eleição presidencial de 2022.
Já a taubateana Letícia tem publicações com mensagens religiosas na rede, além de fotos com frases de cunho nacionalista. Ela, assim como Alethea e Marisa, já foi encaminhada à Penitenciária Feminina do Distrito Federal para cumprir pena. Enquanto isso, Edson Carlos, natural de Caraguá, oi levado ao Centro de Detenção Provisória 2 do DF, assim como os demais homens presos no atentado golpista em Brasília, que reuniu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
ÔNIBUS APREENDIDOS.
Além dos presos em Brasília, cerca de 87 veículos estacionados na região da Granja do Torto – uma das residenciais oficiais da Presidência da República – e que levavam os manifestantes foram apreendidos após uma determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Entre esses, pelo menos três coletivos são de empresas do Vale do Paraíba: a Rovans Transporte e Turismo Ltda, de Pindamonhangaba; a Transpasso Fretamento e Turismo Ltda ME, de Jacareí; e a Valetur Transportes Locação e Turismo Ltda, de Guaratinguetá.
OVALE tentou contato com as três empresas. No caso da Rovans Transportes, quem atendeu foi o proprietário do CNPJ, Rogério Aparecido Lisboa, que afirmou “não ter permissão para falar com jornais” até um posicionamento da advogada. Mesmo assim, antes de desligar, reclamou de ter sua empresa associada aos atos terroristas ocorridos em Brasília, e de que teria ido à capital federal “apenas para trabalhar”. “Minha transportadora é minha sobrevivência, eu estava apenas trabalhando e estão me chamando de terrorista”, disse.
Na Transpasso Fretamento e Turismo, o telefonema foi atendido por um funcionário. Ele afirmou que Leandro Delpasso Vieira, responsável pela empresa de transportes, não estava presente no momento da ligação. Responsável pelo CNPJ da empresa, o empresário já foi candidato a vereador em Jacareí nas últimas eleições municipais, em 2020, com o nome de ‘Leandro da Transpasso’. OVALE também tentou entrar em contato com um perfil de Leandro em uma rede social, e aguarda retorno.
Já a Valetur se posicionou através de um comunicado em sua página oficial. A empresa destacou que “nem sempre saber o motivo pelo qual os clientes utilizam o veículo”, que também locou ônibus inclusive para a posse de Lula, e que “não são responsáveis pelas atitudes dos passageiros”. Por fim, a nota repudia qualquer ato contra a democracia.
“Prosseguindo, não tínhamos conhecimento do ocorrido. Não nos envolvemos em disputas políticas. Os responsáveis por acusações falsas e discursos de ódio neste Instagram também serão devidamente intimidados judicialmente, não iremos nos colocar em posições quais não temos responsabilidade ou culpa (…) no mais, repudiamos QUALQUER ato violento ou praticado contra democracia. Só fizemos nosso trabalho, não somos culpados”, diz trecho do comunicado.
*Por Gabriel Campoy
*Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Criador e proprietário do site vale360news.com.br, jornalista com especialização em Gestão da Comunicação de Mídias Digitais e com passagens pelas Rádios Globo e CBN, do Grupo Globo, em São Paulo, onde foi Chefe de Reportagem, apresentador, repórter e produtor. Jesse ainda coleciona passagens pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e outras emissoras de rádio e TV do Vale do Paraíba.
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