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Requerimento que pedia afastamento e cassação de prefeito de Campos do Jordão é rejeitado pelos vereadores

Requerimento que pedia afastamento e cassação de prefeito de Campos do Jordão é rejeitado pelos vereadores por unanimidade. A apreciação do documento aconteceu na noite desta segunda-feira (19/06) e teve protesto dos cidadãos, que foram à Câmara para acompanhar a votação e não gostaram do resultado. O departamento jurídico da Casa já havia apontado vários pontos incongruentes no pedido de afastamento e cassação do prefeito Marcelo Padovan.

Os pedidos contra Padovan foram feitos pela advogada Izabel Ribeiro de Camargo e protocolados no dia 13 de junho. Ela denuncia práticas de infrações político-administrativas cometidas na gestão do atual prefeito.

De acordo com a denunciante, Padovan comete infrações em três áreas da gestão administrativa: Saúde, Infraestrutura e Educação. No requerimento de 17 páginas, Izabel relata que o Prefeito tem sido omisso na saúde e cita o exemplo do que aconteceu no último feriado de Corpus Christi, segundo a qual o Pronto-Socorro não dispunha de médico pediatra de plantão, fazendo com que as mães voltassem para casa sem atendimento.

Ela lembra que há um contrato em vigência, firmado pelo atual prefeito em outubro de 2022, de quase R$ 40 milhões, pelo período de 12 meses, para prestação de serviços na área de saúde. A advogada questiona se as parcelas mensais recebidas pela empresa não são suficientes para a contratação de médico pediatra. Ela também fala em omissão da prefeitura a respeito da fiscalização do contrato firmado.

O segundo ponto questionado por Izabel diz respeito ao mau uso do dinheiro público em contratos milionários de infraestrutura, no caso asfalto, que sempre são vencidos por três empresas, duas das quais de Mogi das Cruzes e cujos sócios são pessoas com o mesmo sobrenome. Com as referidas empresas, desde 2020, foram celebrados, segundo a denunciante 48 contratos, todos acima de R$ 1 milhão. Ela relata que apesar dos contratos, as ruas em Campos do Jordão estão em “estado deplorável”.

O terceiro questionamento se refere à terceirização do serviço de limpeza das escolas e cujo contrato com a empresa vencedora é de quase R$ 850 mil.

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