Popularização da Constelação Familiar traz falsa relação com espiritismo

Um lugar arejado em meio à natureza, os pés na areia, calçados ou não, e cavalos caminhando à sua volta. A breve descrição não bate com o perfil das terapias que vemos na TV. Geralmente, quando pensamos em saúde, seja ela física ou mental, imaginamos um consultório bem iluminado, com uma mesa separando terapeuta e paciente. Nada muito flexível. No máximo, um vaso de planta na sala de espera. Por isso, muitas vezes, a Constelação Familiar Assistida por Cavalos é atribuída ao espiritismo e outras manifestações de fé.

Primeiro de tudo, é preciso deixar claro que a Constelação Familiar é uma filosofia de vida com efeitos terapêuticos, baseada em pesquisas. Mas, para entender melhor do que se trata, vamos começar do início. Na década de 1980, o psicoterapeuta Bert Hellinger começou a integrar ideias do processo de reconstrução familiar em terapias de grupo e de família. Nessa época, ele passou a usar membros dos grupos para simular um sistema familiar muito semelhante ao formato em que conhecemos atualmente. Mais tarde, a técnica também passou a ser utilizada com cavalos como representantes.

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O espaço onde a Constelação Familiar acontece é chamado de campo. É onde os representantes começam a se expressar de acordo com o conflito em questão, e é nesse momento em que as pessoas normalmente se impressionam, principalmente, com a forma com que os cavalos se manifestam, mesmo não conhecendo nada sobre o cliente até então. É um fenômeno chamado de ressonância mórfica.

Todo o processo é conduzido por um facilitador, a pessoa responsável pela aplicação das técnicas e pela leitura de tudo o que acontece dentro do campo. Assim como muitas outras vertentes terapêuticas, o ponto de vista do leigo faz tudo parecer muito simples e aberto a interpretações pouco fundamentadas.

A divulgação da Constelação Familiar acontece pouco a pouco ao longo dos anos, assim como sua popularização. No meio do caminho, os profissionais se deparam com a resistência de algumas pessoas diante da falta de informação, que gera dúvidas e prejulgamentos. Mas, o futuro é otimista, e os depoimentos de quem conheceu o método são aliados dessa mudança de perspectiva.

Por Eliane Rodrigues Alves
Terapeuta, facilitadora da Constelação Familiar Assistida por Cavalos no Grupo Quíron e criadora do método ACISC

*Foto: Guia da Alma

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Jesse Nascimento

Criador e proprietário do site vale360news.com.br, jornalista com especialização em Gestão da Comunicação de Mídias Digitais e com passagens pelas Rádios Globo e CBN, do Grupo Globo, em São Paulo, onde foi Chefe de Reportagem, apresentador, repórter e produtor. Jesse ainda coleciona passagens pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e outras emissoras de rádio e TV do Vale do Paraíba.