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Caçapava confirma a primeira morte por Febre Amarela no Vale do Paraíba em 2025

Caçapava confirma a primeira morte por Febre Amarela no Vale do Paraíba em 2025. A confirmação foi feita na noite desta sexta-feira (21/02) pela Prefeitura. A vítima é um homem, de 52 anos, que morava no bairro Piedade. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO

De acordo com a Prefeitura, o local provável da infecção foi na região da Serrinha, na divisa com Jambeiro. A vítima da Febre Amarela não estava vacinada contra a a doença.

O homem começou a sentir os primeiros sintomas da doença no dia 07 de fevereiro e no dia 10 recebeu o primeiro atendimento em hospital particular e foi transferido para São José dos Campos e depois para São Paulo. A morte dele aconteceu no dia 15 de fevereiro. O início dos sintomas

Neste domingo, dia 23, a Prefeitura de Caçapava realiza uma campanha de vacinação contra a Febre Amarela no Parque da Moçota, a partir das 9h, juntamente com evento de plantio de mais de 600 mudas de árvore.

Febre Amarela no Vale do Paraíba
Foto: Freepik.com.br

Febre Amarela: O Que É, Prevenção, Sintomas e Tratamento

A febre amarela é uma doença viral aguda, transmitida pela picada de mosquitos infectados, sendo um problema de saúde pública em diversas regiões tropicais do mundo, incluindo o Brasil. O vírus pertence à família Flaviviridae e pode causar desde infecções assintomáticas até quadros graves com risco de morte.

Transmissão

A febre amarela é transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes em áreas silvestres, e pelo Aedes aegypti em ambientes urbanos. Os mosquitos contraem o vírus ao picar macacos infectados e, posteriormente, podem transmiti-lo a humanos. Importante destacar que não há transmissão direta de pessoa para pessoa.

Sintomas

Os sintomas da febre amarela surgem entre 3 e 6 dias após a picada do mosquito infectado e podem variar de leve a grave. A doença se apresenta em duas fases:

  1. Fase Inicial (Infecciosa):

    • Febre alta súbita
    • Dores musculares, especialmente nas costas
    • Dor de cabeça intensa
    • Calafrios
    • Náuseas e vômitos
    • Fadiga e fraqueza
  2. Fase Grave (Tóxica – Cerca de 15% dos casos evoluem para esta forma):

    • Febre alta persistente
    • Icterícia (pele e olhos amarelados)
    • Insuficiência hepática e renal
    • Sangramentos no nariz, boca, olhos ou intestinos
    • Choque circulatório

A letalidade nos casos graves pode ultrapassar 50%, tornando a prevenção essencial.

Prevenção

A principal forma de prevenção contra a febre amarela é a vacinação, recomendada para pessoas a partir dos 9 meses de idade, especialmente para quem reside ou viaja para áreas de risco. A vacina é altamente eficaz e confere imunidade por toda a vida.

Outras medidas preventivas incluem:

  • Uso de repelentes de insetos contendo DEET, Icaridina ou IR3535
  • Roupas de manga longa e calças compridas em regiões de mata
  • Uso de telas e mosquiteiros para evitar picadas
  • Eliminação de criadouros de mosquitos, como água parada em recipientes domésticos

Tratamento

Não há um tratamento específico para a febre amarela, sendo o cuidado médico de suporte essencial para reduzir complicações. Os principais métodos incluem:

  • Hidratação intensiva para evitar desidratação
  • Controle da febre e da dor com medicamentos adequados (paracetamol; evitar anti-inflamatórios como ibuprofeno e AAS, que aumentam o risco de sangramentos)
  • Monitoramento hospitalar nos casos graves para suporte hepático e renal

Pacientes que evoluem bem na primeira fase costumam se recuperar em cerca de 10 dias, enquanto os casos graves exigem internação intensiva.

Situação no Brasil

A febre amarela é uma doença endêmica em diversas regiões do Brasil, principalmente na Amazônia, Centro-Oeste e Sudeste. Nos últimos anos, houve surtos em áreas próximas a grandes centros urbanos, reforçando a importância da vacinação e das campanhas de prevenção.

A vigilância epidemiológica monitora casos em humanos e primatas (macacos), que atuam como sentinelas naturais para a circulação do vírus. A morte de macacos em áreas silvestres pode indicar a presença do vírus e a necessidade de intensificação das ações de imunização.

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