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Concessão de título de cidadãos joseenses ao casal Bolsonaro causa atrito entre vereadores

A vereadora Amélia Naomi, do PT, de São José dos Campos, enviou requerimento ao presidente da Câmara, Roberto do Eleven (PSD), para que seja encaminhada à Comissão de Ética da Casa, representação contra o vereador Thomaz Henrique (PL) devido às falas dele em relação a colega de vereança, Juliana Fraga, na conturbada sessão da quinta-feira (16/05). CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP

Na ocasião, Juliana teceu comentários a respeito de Michelle Bolsonaro, que recebeu o título de cidadã joseense concedido também pelos vereadores ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na mesma sessão, o vereador do PL, partido de Bolsonaro, saiu em defesa da ex-primeira-dama e ao fazer uso da palavra, em determinado momento disse: “Eu poderia dizer pra vereadora, que eu também já escutei coisas pesadas a respeito dela. Será que é verdade? Será que eu deveria acreditar? Então, precisa tomar mais cuidado porque o povo brasileiro sabe que não é a Michelle que era marmita de bandido lá em Curitiba, em visitinha íntima com bandido lá, pra arrumar um casamento”.

A fala do vereador gerou críticas de outros vereadores. Diante da da situação, nesta segunda-feira (20/05), Amélia disse no requerimento, que pede a perda do mandato do vereador, que a dele, “além de misógina, fere a honra da vereadora Juliana Fraga. O vereador afirma já ter escutado coisas pesadas a respeito dela, sem especificar o que, jogando no ar insinuações baratas e covardes, apenas para atacá-la pessoalmente e gerar polêmicas vazias sobre sua reputação”.

Ofício à presidência

Ainda nesta segunda, Juliana Fraga, enviou um ofício ao também presidente Roberto do Eleven, no qual confirma o teor do requerimento enviado a ele por Amélia Naomi, no qual pede abertura do processo contra Thomaz Henrique na Comissão de Ética.

Ela ainda pediu que o ofício seja enviado para a Delegacia Seccional de São José dos Campos, ao delegado Marcio Ramalho, para a abertura de inquérito policial para apuração de eventuais crimes contra a honra (difamação e injúria), bem como violência de gênero – misoginia – que configuram potencialmente crime tipificado por ofensa à mulher, no exercício do mandato.

Outro lado

A reportagem procurou Thomaz, que se manifestou e disse que a fala de Juliana foi muito infeliz na sessão de quinta sobre a ex-primeira Dama, Michelle Bolsonaro, “insinuando que a Michelle teria coisas pesadas a respeito dela, falando que ela se envolveu com homem casado, enfim, uma baixaria a fala da vereadora. E eu em defesa da presidente do PL Mulher, partido que eu faço parte, respondi à vereadora: “Olha eu poderia dizer que já escutei coisas pesadas ao seu respeito, devo acreditar? Eu nem sequer disse, assim como ela fez, ela disse. Eu falei que poderia dizer. Era para mostrar que era cruel, que era absurda as afirmações que ela fazia. Então, eu respondi desta maneira e a Amélia se inflamou dizendo que eu estava acusando a vereadora. Quer dizer, eu usei o mesmo termo que ela usou com Michelle. Eu não posso falar, mas ela pode falar da Michelle. Não sei se vai ter algum tipo de representação, mas é mais uma choradeira da esquerda, que acha que pode falar tudo, pode acusar a direita e falar mal mal das mulheres da direita, como a Michelle Bolsonaro de forma livre e quando a gente usa o mesmo termo, a mesma moeda, eles fingem se ofender para usar isso politicamente”.

Representações contra o vereador

No momento, há três representações contra o vereador no Conselho de Ética da Câmara. Duas das denúncias foram protocoladas no dia 9 de maio. A primeira por Fabrício Filho, que é pré-candidato a vereador pelo PSD. A segunda é encabeçada pelo PT, mas também tem assinatura de outros partidos e entidades sindicais. A terceira foi protocolada no dia 16, pelo morador David Vieira da Rocha. As representações já passaram pela Assessoria Jurídica da Câmara, que concluiu que todas reúnem os elementos necessários para seu recebimento e autuação.

As Denúncias foram protocoladas após vereador dizer que “quem sabe se o governo militar tivesse matado mais comunistas, mais terroristas, tinha evitado o que está acontecendo hoje”.

Foto de Capa: CLEVERSON NUNES/CMSJC

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