Uma operação policial em Cruzeiro elucidou o assassinato de Lilian Cristina Cabete, de 59 anos, morta a tiros na manhã de segunda-feira (25/11) na Rua Vicente Mota Ferreira, no bairro Vila São Crispim. Três pessoas foram presas: o ex-companheiro da vítima, de 60 anos, apontado como mandante, e dois jovens cúmplices, de 21 anos e 19 anos. O crime chocou a cidade e revelou um plano cuidadosamente arquitetado. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
A execução do crime
Lilian foi atingida por disparos de arma de fogo por volta das 8h48 da manhã, enquanto saía de sua residência. Testemunhas relataram terem ouvido três estampidos e viram o autor, de 19 anos, fugindo a pé, usando boné. Policiais militares que atenderam à ocorrência encontraram Lilian inconsciente. Ela foi levada à Santa Casa de Cruzeiro, mas não resistiu aos ferimentos.
No local, peritos do Instituto de Criminalística encontraram vestígios de sangue e coletaram elementos para análise. As primeiras informações indicaram a possível participação do ex-companheiro, que tinha histórico de violência contra a vítima e descumprimento de medida protetiva.
O mandante: um relacionamento conturbado e provas do envolvimento
O ex-companheiro foi identificado, preso e conduzido à delegacia logo após o crime. A polícia revelou que Lilian havia registrado boletins de ocorrência contra ele, recentemente.
Câmeras de segurança foram cruciais para traçar os movimentos do mandante no dia do crime. Imagens mostram que ele saiu de casa às 5h05, retornando às 9h08, pouco após a execução. Durante esse intervalo, ele foi visto em deslocamento com sua motocicleta, uma Honda CG, passando por bairros estratégicos que dão acesso ao local do crime.
Além disso, testemunhas relataram que o ex-companheiro de Lilian utilizou telefones de vizinhos para realizar ligações suspeitas. Entre os números contatados estava o do jovem, de 21 anos, que foi identificado como intermediário entre mandante do crime e o autore. Prints das chamadas e relatos reforçaram a suspeita.
O papel do intermediário e do autor do crime
As investigações apontaram que o intermediário, sobrinho do mandante, intermediou o contato com o autor, conhecido por atividades criminosas em Itanhandu/MG.
Na noite anterior ao crime, o mandante foi visto hospedando o autor do crime, que se apresentou com o nome falso de “João Gabriel”, em um hotel na cidade. Funcionários confirmaram que o autor pagou a hospedagem via PIX e o buscou no início da manhã de segunda-feira para levá-lo ao local do crime.
O autor, então, aguardou Lilian sair de casa e a executou a tiros antes de fugir. Ele foi reconhecido por testemunhas, incluindo uma mulher, vizinha da vítima.
A conexão com Minas Gerais
No dia anterior ao crime, o autor foi visto viajando para Minas Gerais, onde buscou o autor. Essa movimentação foi confirmada por câmeras de segurança e pelo depoimento de uma testemunha, que relatou ter ouvido o ex-companheiro de Lilian mencionando que buscaria alguém na divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
Além disso, registros de telefonia mostraram que o mandante do crime realizou chamadas para o autor e o intermediário antes e depois do crime. O número do autor é vinculado a um PIX utilizado para pagamento no hotel.
A prisão dos envolvidos
Após diligências na cidade de Itanhandu/MG, com apoio da Polícia Militar mineira, o autor e intermediário da negociação foram localizados e detidos. Ambos negaram envolvimento, mas evidências como imagens de câmeras, comprovantes de pagamento e depoimentos reforçaram a participação dos dois no crime.
O mandante também negou conhecer o jovem que teria intermediado as negociações do crime, mas foi confrontado com imagens e depoimentos que desmentiram sua versão.
Conclusão das investigações iniciais
A investigação concluiu que mandante, o ex-companheiro, contratou autor para executar Lilian, com o sobrinho dele atuando como intermediário. O mandante hospedou o autor em Cruzeiro, forneceu os recursos para a execução e planejou os movimentos com antecedência.
Diante das provas, a Autoridade Policial deu voz de prisão em flagrante aos três envolvidos. Eles foram autuados por homicídio qualificado, com as condutas enquadradas nos artigos 121A, §1º, inciso I, e §2º, inciso IV do Código Penal. Os três permanecem à disposição da Justiça, enquanto as investigações prosseguem.
Provas-chave coletadas pela investigação
- Câmeras de segurança: Movimentações do mandante e do autor captadas em diferentes locais.
- Depoimentos de testemunhas: Relatos que conectam os três homens
- Registros de telefonia: Ligações realizadas antes e após o crime.
- Reconhecimento visual: Autor identificado por testemunhas e funcionários do hotel.
- Comprovantes de pagamento: PIX realizado por mandante para a hospedagem do autor.
As autoridades destacaram que o caso segue sendo investigado e outras diligências podem ser realizadas para complementar o inquérito.
*matéria em atualização
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Criador e proprietário do site vale360news.com.br, jornalista com especialização em Gestão da Comunicação de Mídias Digitais e com passagens pelas Rádios Globo e CBN, do Grupo Globo, em São Paulo, onde foi Chefe de Reportagem, apresentador, repórter e produtor. Jesse ainda coleciona passagens pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e outras emissoras de rádio e TV do Vale do Paraíba.
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