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Luz verde vista nos céus das cidades do Vale do Paraíba não era meteoro e sim pedaço de foguete chinês

Luz verde vista nos céus das cidades do Vale do Paraíba não era meteoro e sim pedaço de foguete chinês. A luz, que chamou a atenção de moradores de várias cidades da região e do Sudeste, na noite de segunda-feira (19/06), não se tratava de meteoro e, sim de lixo espacial, decorrente do lançamento do foguete Chang Zeng 2C. O foguete é utilizado para lançar satélites em órbita terrestre baixa.

A informação é do sistema holístico de redução de risco e incerteza da Saipher, uma empresa de São José dos Campos, especializada em analisar o que acontece na atmosfera para aeroportos e sistemas espaciais civis e militares.

O objeto visto nos céus tinha 35 metros de altura e 3,35 metros de diâmetro. O foguete perdeu a altitude mais rápido do que o esperado e reentrou na atmosfera antes do que era previsto.

O Analista de Sistemas Espaciais da Saipher, Matheus Felipe Pacheco dá mais informações sobre o objeto. “Com uma altura de aproximadamente 35 metros e um diâmetro de 3,35 metros, o Chang Zheng 2C é capaz de transportar cargas úteis de até 2 toneladas. Ele é parte da família de foguetes Longa Marcha, desenvolvida pela China Academy of Launch Vehicle Technology (CALT), e tem sido utilizado para diversos propósitos, incluindo comunicações, observação da Terra, pesquisa científica e experimentos tecnológicos. Sua confiabilidade e eficiência o tornam uma importante ferramenta para o programa espacial chinês” explica.

De acordo com o analista, neste caso específico, o estágio do foguete perdeu altitude mais rapidamente do que o esperado, resultando em sua reentrada na atmosfera terrestre antes do previsto. “É importante ressaltar que, de acordo com especialistas, essa reentrada não ofereceu perigo e o objeto se desintegrou completamente”, ressalta Matheus.

Em entrevista à rádio CBN, o astrônomo Júlio Lobo, do observatório municipal de Campinas disse que fatores específicos já indicavam ser lixo espacial. “Por que isso? Pela trajetória, pela duração e pela fragmentação. Tem vídeo que mostra ele (o foguete) percorrendo o céu em quase 30 segundos e, geralmente, meteoros, os bólidos que são muito brilhantes duram poucos segundos. Esse teve uma trajetória retilínea e foi se fragmentando”, ressaltou.

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