Mistério: Polícia investiga morte de idoso em Guaratinguetá e prende filho e mulher por tráfico de drogas

Detalhes do caso

A ocorrência teve início quando a Polícia Militar foi acionada para verificar um chamado de encontro de cadáver. Ao chegar à residência, os policiais encontraram o idoso caído no chão, com sangramento nas orelhas, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O médico responsável constatou o óbito no local.

Segundo o laudo preliminar do Instituto de Criminalística (IC), não foram encontrados sinais de luta corporal ou lesões defensivas no corpo da vítima. No entanto, manchas de sangue nas orelhas e possíveis tentativas de estancar o sangramento, com o uso de papéis e sacolas, foram observadas. Uma ejaculação seminal também foi detectada, mas a causa da morte segue pendente de laudos periciais conclusivos do Instituto Médico Legal (IML).

Depoimentos conflitantes

O filho do idoso afirmou que encontrou o pai caído ao chão ao chegar à residência e que a mulher o acusou de ser responsável pela morte. A mulher, que chegou ao local logo após o filho, alegou que este teria envolvimento na morte do idoso. Um outro filho do idoso, com deficiência mental, relatou ter ouvido uma discussão entre o irmão e o pai, mas sua dificuldade de comunicação impossibilitou detalhes adicionais.

Apreensão de drogas

Durante a investigação, os policiais encontraram uma mala trancada contendo drogas, incluindo 66 gramas de cocaína, 50 pedras de crack e 10 gramas de maconha. O filho, de 51 anos, afirmou que os entorpecentes pertenciam a mulher, enquanto ela o acusou de ser o proprietário. Ambas as versões foram registradas, e os dois confessaram ser usuários de drogas.

Além disso, a mala foi aberta com uma chave encontrada na pochete do homem, reforçando os indícios de envolvimento no tráfico. Anotações relacionadas ao comércio de entorpecentes também foram apreendidas.

Violência doméstica e lesão corporal

A mulher ainda relatou ter sido atropelada pelo homem no mesmo dia, enquanto caminhava com sua filha de seis anos após comprarem cigarros. Ela afirmou que o atropelamento foi proposital, resultando em lesões leves confirmadas por exame do IML. Anderson admitiu o atropelamento e reconheceu a mulher como sua namorada.

Prisão e medidas legais

Diante dos fatos, o delegado de plantão decretou a prisão em flagrante do casal por tráfico de drogas. Anderson também foi indiciado por lesão corporal qualificada em contexto de violência doméstica. Ambos foram conduzidos à Cadeia Pública de Lorena, e o caso segue para análise na audiência de custódia.

A investigação da morte do idoso continua, aguardando os laudos do IML e do IC para determinar se há indícios de homicídio ou outras causas. A Polícia Civil também deve aprofundar a apuração sobre o tráfico de drogas e a dinâmica entre os envolvidos.

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