A recente prorrogação por dois anos do contrato das empresas de ônibus em São José dos Campos, realizada pela Prefeitura, gerou questionamentos por parte do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba. Representantes da entidade afirmam que a decisão foi tomada sem consulta aos trabalhadores ou ao sindicato, o que levanta preocupações sobre a continuidade do sistema atual, considerado “obsoleto e inadequado” pelos trabalhadores. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
1. Reação do Sindicato dos Condutores à Prorrogação
O presidente do Sindicato dos Condutores, Ronaldo Costa, conhecido como Ripa, expressou insatisfação com a falta de consulta ao sindicato e aos trabalhadores sobre a prorrogação do contrato. Ele afirma que a medida deixa a categoria em uma situação de incerteza, tanto em relação à estabilidade dos empregos quanto à qualidade do serviço prestado. “Nós, como representantes da categoria, deveríamos ter sido consultados sobre essa prorrogação. Mais uma vez, a Prefeitura passou por cima dos trabalhadores e decidiu sozinha”, destacou Ronaldo Costa.
Ele afirma que a frota de ônibus atual, segundo ele, precisa ser renovada urgentemente e que o novo acordo não inclui medidas claras para melhorar o sistema. “A frota é antiga e precisa ser trocada, mas o que vemos é uma novela em que nada é resolvido. Serão mais dois anos com veículos defasados, enquanto a população e os trabalhadores seguem prejudicados”, pontuou o presidente do sindicato.
2. Frota Antiga e Inadequada
Ronaldo Costa e Zé Carlos, diretor da subsede da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e ex-presidente do Sindicato dos Condutores, criticam a falta de renovação da frota como um dos principais pontos de insatisfação. Eles relatam que a maioria dos ônibus tem mais de 10 anos de uso, e poucos veículos novos foram introduzidos ao sistema.
- Ronaldo Costa: “Infelizmente, temos uma frota antiga que vai continuar rodando por mais dois anos, sem garantias de melhorias.”
- Zé Carlos: “A situação é especialmente difícil para as áreas mais afastadas, onde os ônibus frequentemente quebram e deixam a população desassistida.”
3. Críticas à Linha Verde e à Propaganda Oficial
Os líderes sindicais criticaram a Linha Verde, um projeto de ônibus elétricos promovido pela Prefeitura, e apontaram que ele tem sido usado como “maquiagem” para esconder as reais condições do transporte coletivo. De acordo com Ronaldo Costa, o investimento nos veículos elétricos atende mais a uma estratégia de marketing do que a uma solução para os problemas enfrentados pela população.
- Ronaldo Costa: “O que está sendo feito é usar a Linha Verde para enganar o povo. A realidade é que muitos bairros seguem com ônibus antigos, e a população sofre com o serviço precário.”
- Zé Carlos: “A Linha Verde é linda na propaganda, mas quem mora na periferia e usa o transporte diariamente vê a realidade de outra forma.”
4. Insegurança dos Trabalhadores quanto à Continuidade dos Empregos
Outro ponto destacado pelos representantes sindicais é a incerteza sobre a manutenção dos empregos dos trabalhadores, especialmente dos cobradores de ônibus. Em licitações passadas, o sindicato teve que lutar para manter o cargo de cobrador, e há o receio de que essa prorrogação seja uma forma de retirar essa função.
- Ronaldo Costa: “Na última licitação, o cargo de cobrador foi eliminado sem discussão com o sindicato. Queremos participar das futuras negociações para proteger os empregos da categoria.”
- Zé Carlos: “O papel do sindicato é lutar pelos trabalhadores e garantir que não sejamos surpreendidos por decisões que afetem nossa estabilidade.”
5. Planejamento do Sindicato para a Prorrogação e para a Próxima Licitação
Ronaldo Costa afirmou que o sindicato buscará uma reunião com o novo prefeito, seja ele quem for, para debater a participação da categoria na próxima licitação do transporte público, prevista para ocorrer após os dois anos de prorrogação do contrato. A intenção é garantir que o sindicato esteja envolvido no processo, para discutir a estabilidade dos empregos e a qualidade do serviço.
- Ronaldo Costa: “Queremos discutir o futuro do transporte com o prefeito eleito. A nossa participação é fundamental para garantir que os trabalhadores tenham estabilidade e que o sistema ofereça um serviço de qualidade para a população.”
6. Possibilidade de Mobilização e Pressão Popular
Caso o novo prefeito e os vereadores eleitos não atendam ao chamado do sindicato para um diálogo aberto, os líderes sindicais não descartam a possibilidade de mobilizações. A intenção é garantir que a população esteja ciente dos problemas enfrentados pela categoria e da necessidade de melhorias no transporte.
- Ronaldo Costa: “Se não formos atendidos, vamos para a luta. Não vamos deixar que decisões sejam tomadas de forma arbitrária e que a categoria e a população fiquem sem respaldo.”
- Zé Carlos: “É nosso dever como sindicato representar os interesses da categoria e da população. Se for preciso, faremos mobilizações para que sejamos ouvidos.”
7. Renovação da Frota como Parte da Prorrogação
Os sindicalistas também levantaram preocupações sobre a possível ausência de cláusulas de renovação de frota dentro da prorrogação. Eles afirmam que a frota atual é defasada e que não há indicações claras de que os ônibus serão renovados, o que pode manter o transporte em condições precárias por mais dois anos.
- Zé Carlos: “A Prefeitura não dá transparência sobre as condições dessa prorrogação. Sem a renovação da frota, é a população que vai pagar o preço.”
- Ronaldo Costa: “Os ônibus elétricos não são solução para todos os bairros, e o contrato não traz garantias de melhorias imediatas.”
8. Dificuldades no Processo Licitatório de 2021 e a Intervenção do Sindicato
Zé Carlos relembrou a situação do processo licitatório de 2021, no qual o sindicato interveio para impedir que uma empresa em recuperação judicial, a Itapemirim, assumisse o contrato em São José dos Campos. Segundo ele, a intervenção do sindicato foi decisiva para evitar problemas que poderiam prejudicar a categoria e a população.
- Zé Carlos: “Foi o sindicato que lutou e foi ao Rio de Janeiro para barrar a Itapemirim, pois sabíamos dos problemas financeiros da empresa. Isso só demonstra a importância de ouvirem o sindicato.”
9. Subsídios e a Necessidade de Revisão do Transporte
Outro tema abordado foi o subsídio que a Prefeitura paga às empresas de transporte público, implementado durante a pandemia e mantido até o momento. Os sindicalistas afirmam que, embora o subsídio tenha sido uma solução emergencial, o valor é alto e não se reflete na melhoria do serviço.
- Ronaldo Costa: “O subsídio é significativo, mas não traz melhorias para a frota nem para o serviço oferecido. Precisamos de um transporte que realmente atenda às necessidades da população.”
O Sindicato dos Condutores reitera que continuará buscando um diálogo com a Prefeitura para representar os interesses da categoria e da população. Eles se comprometem a manter a população informada sobre os desdobramentos das negociações e das futuras licitações, destacando que a transparência é essencial para assegurar um transporte público de qualidade.
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Criador e proprietário do site vale360news.com.br, jornalista com especialização em Gestão da Comunicação de Mídias Digitais e com passagens pelas Rádios Globo e CBN, do Grupo Globo, em São Paulo, onde foi Chefe de Reportagem, apresentador, repórter e produtor. Jesse ainda coleciona passagens pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e outras emissoras de rádio e TV do Vale do Paraíba.
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