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VÍDEO: ‘Sente ali e se comporte’, diz prefeito de Ilhabela para vereadora, em discussão

Por: Jornal OVale

A vereadora dra. Diana (PL), de Ilhabela, pretende entrar com representação na Justiça contra o prefeito da cidade, Antonio Colucci (PL), por violência política após discussão acalorada em que ele a mandou sentar-se e se comportar. No dia 21 de julho, a vereadora filmava o local onde seria realizada a licitação para administrar redes sociais da cidade. Quando o prefeito chegou, começaram a discutir.

O prefeito disse que a parlamentar podia acompanhar a sessão, mas a mandou sentar. “Você sente ali e se comporte”, diz. “A senhora já tentou atrapalhar muitas licitações”. “O senhor é quem atrapalha o dinheiro público”, retrucou a parlamentar. O chefe do Executivo municipal também a chama de mentirosa, e ela rebate nos mesmos termos. Em outro momento, o prefeito disse que, se a vereadora atrapalhasse, ele iria retirá-la da sala. “Me tira então”, ela responde.

A parlamentar disse à Folha que é intimidada pelo prefeito e que ele atua autoritariamente e com grosseria contra as mulheres. “Dessa vez, ele passou de todos os limites”, disse, afirmando que o prefeito a tratou como “se fosse filha dele e ele tivesse alguma autoridade sobre mim”. “Eu me senti bem intimidada”.

A vereadora ainda estuda que medida legal poderá tomar, mas citou a possibilidade de acioná-lo com base na lei sobre violência política. A legislação, de 2021, que trata de situações de intimidação a mulheres, cita em seu escopo situações como “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar” candidatas ou detentoras de mandato, com objetivo de dificultar a atuação delas.

Em nota à Folha de São Paulo, a prefeitura respondeu respeitar a independência dos Poderes e disse que os parlamentares têm livre acesso aos espaços da administração pública. “Nessa lógica, a prefeitura não pode permitir a transformação de processos e condutas da administração pública em palco para desenvolvimento de atividades políticas e tampouco que funcionários públicos sejam constrangidos no exercício da função, prática que vem sendo executada pela vereadora em questão”.

Segundo a administração, o contrato de comunicação questionado pela deputada se justifica pela necessidade “de atendimento às metas da comunicação pública, que preconiza oferecer e ampliar o acesso da população a todas as políticas públicas implantadas no município, bem como expandir a participação cidadã”.

 

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