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Apagão no Vale do Paraíba: ONS diz que sistema elétrico foi atingido por temporal e teve a queda de 9 torres

O apagão no Vale do Paraíba ainda gera sequelas para moradores de muitas cidades atendidas pelas concessionárias EDP e Elektro. A falta de energia elétrica para muitos moradores vai completar 24 horas. Até o fim da manhã desta quarta-feira (19/03), 20% dos consumidores ainda relatavam algum problema de desabastecimento. O apagão no Vale do Paraíba aconteceu por volta de 18h36, desta terça (18) e foi causado pelo intenso temporal que atingiu diversas cidades da região metropolitana. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO

O que disse o ONS a respeito do apagão no Vale do Paraíba

Em contato com o Vale 360 News, o o “Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou que, na terça-feira (18/3), às 18h36 e 18h37 houve desligamento das Linhas de Transmissão 230 kV Lorena / Aparecida C1 e C2, respectivamente, e às 18h36 houve o desligamento das Linhas de Transmissão  88 kV Aparecida / Guaratinguetá C1 e C2 e Aparecida / Santa Cabeça C1 e C2, com interrupção de 57 MW de carga da EDP-SP e 12 MW da Neoenergia ELEKTRO nas Subestações Santa Cabeça e Guaratinguetá, respectivamente.

83% do total da carga de 69 MW interrompida foram recompostos no período entre às 06h40 e 07h01 da quarta (19/03).

No momento da ocorrência a região foi atingida por fortes chuvas e rajadas de vento, o que ocasionou a queda de 9 torres de transmissão. Segundo o agente, o local da queda das torres é de difícil acesso e o restabelecimento total das cargas está condicionada a instalação de torre provisória pelo agente. As equipes do ONS e dos agentes estão dedicadas para a recomposição total das cargas”.

Cidades atingidas pelo apagão

O apagão atingiu diretamente:

  • Cidades completamente sem energia: Aparecida, Guaratinguetá, Potim e Roseira.
  • Cidades impactadas parcialmente: Pindamonhangaba, São José dos Campos, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Jacareí, Piquete, Lorena, Cunha, Lagoinha, São Luiz do Paraitinga, Silveiras, Cachoeira Paulista, Caçapava e Taubaté.

“O impacto foi enorme. Tivemos situações em que ventos derrubaram postes e galhos de árvores caíram sobre a rede elétrica. Nossa prioridade foi reestabelecer o fornecimento para serviços essenciais como hospitais, escolas e sistemas de abastecimento de água”, acrescentou o gestor da EDP.

Força do temporal e dificuldades no restabelecimento

Segundo Roberto Miranda, o fenômeno climático foi de extrema intensidade. “Tivemos um evento climático único, com ventos superiores a 110 km/h, que derrubaram estruturas de 30 a 50 metros, pesando entre 10 e 15 toneladas cada. O local das torres é de difícil acesso, o que tornou o trabalho das equipes ainda mais complexo”, explicou.

“As equipes precisaram chegar até as torres a pé, carregando equipamentos e ferramentas. Durante a madrugada, trabalharam sem parar para tentar minimizar os impactos. Nossa equipe de engenharia montou um plano emergencial para acelerar o reestabelecimento da energia, mas a dificuldade de acesso e as condições adversas têm atrasado um pouco o processo”, afirmou.

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