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ENTREVISTA: Clientes da EDP e da Elektro ainda seguem sem energia no Vale do Paraíba. EDP diz que ordens de serviço foram 11 vezes mais do que em dias atípicos

Clientes da EDP e da Elektro no Vale do Paraíba seguem sem energia elétrica após o temporal que atingiu a região. A EDP informou que os ventos de mais de 100 km/h derrubaram quatro torres de transmissão na área rural de Aparecida, afetando diversas cidades. O gestor da concessionária, Roberto Miranda, detalhou as ações em entrevista ao Vale 360 News. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO

O que causou o apagão no Vale do Paraíba?

De acordo com a EDP, a queda de quatro torres de transmissão devido a ventos superiores a 100 km/h comprometeu a distribuição de energia elétrica para cidades como Aparecida, Guaratinguetá, Potim e Roseira. Além disso, diversas localidades sofreram impactos por quedas de postes e danos na rede de distribuição.

“A tempestade foi extremamente severa, com ventos superiores a 110 km/h. Esse tipo de fenômeno não é comum e, por conta da força do vento, tivemos quatro torres de transmissão derrubadas, além de danos significativos à nossa rede de distribuição. Isso impactou não apenas nossos clientes diretos, mas também os consumidores atendidos pela concessionária Neoenergia Elektro”, explicou Roberto Miranda.

Impacto e cidades afetadas

O apagão atingiu diretamente:

  • Cidades completamente sem energia: Aparecida, Guaratinguetá, Potim e Roseira.
  • Cidades impactadas parcialmente: Pindamonhangaba, São José dos Campos, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Jacareí, Piquete, Lorena, Cunha, Lagoinha, São Luiz do Paraitinga, Silveiras, Cachoeira Paulista, Caçapava e Taubaté.

“O impacto foi enorme. Tivemos situações em que ventos derrubaram postes e galhos de árvores caíram sobre a rede elétrica. Nossa prioridade foi reestabelecer o fornecimento para serviços essenciais como hospitais, escolas e sistemas de abastecimento de água”, acrescentou o gestor da EDP.

Força do temporal e dificuldades no restabelecimento

Segundo Roberto Miranda, o fenômeno climático foi de extrema intensidade. “Tivemos um evento climático único, com ventos superiores a 110 km/h, que derrubaram estruturas de 30 a 50 metros, pesando entre 10 e 15 toneladas cada. O local das torres é de difícil acesso, o que tornou o trabalho das equipes ainda mais complexo”, explicou.

“As equipes precisaram chegar até as torres a pé, carregando equipamentos e ferramentas. Durante a madrugada, trabalharam sem parar para tentar minimizar os impactos. Nossa equipe de engenharia montou um plano emergencial para acelerar o reestabelecimento da energia, mas a dificuldade de acesso e as condições adversas têm atrasado um pouco o processo”, afirmou.

Equipes e ordens de serviço

A EDP destacou que, desde o início da operação, a quantidade de ordens de serviço aumentou drasticamente. “Em dias normais, temos cerca de 30 a 40 ordens de serviço. Em eventos de chuva intensa, esse número pode subir para 180. Mas, devido à severidade desta tempestade, já passamos de 2.000 ordens, o que equivale a 11 vezes mais do que o usual”, informou Miranda.

A concessionária reforçou que todas as equipes estão mobilizadas. “Sextuplicamos o número de equipes em campo. Há também equipes pesadas trabalhando na recuperação das torres e no atendimento emergencial. Estamos com todos os recursos disponíveis para restabelecer a normalidade o mais rápido possível”, completou.

Ações para restabelecimento da energia

Para lidar com o problema, a EDP adotou ações emergenciais:

  • Equipes trabalharam durante a madrugada para liberar vias e reparar a rede.
  • Técnicos precisaram acessar a área das torres a pé devido às condições do terreno.
  • A concessionária realizou manobras de contorno para restabelecer energia em parte das cidades afetadas.
  • O trabalho continua para reerguer as torres e normalizar o fornecimento.

“Sabemos o quanto a falta de energia impacta a rotina dos moradores e estamos empenhados em normalizar o serviço o quanto antes. Para as cidades que ficaram completamente no escuro, fizemos manobras para garantir que os clientes tenham energia provisória enquanto reconstruímos a infraestrutura danificada”, disse o gestor da EDP.

Previsão de restabelecimento

A EDP estima que, até o final do dia, grande parte da rede estará normalizada. No entanto, casos mais complexos podem levar mais tempo. “Algumas regiões tiveram postes e redes inteiras danificadas. Esses pontos exigem uma reconstrução completa da infraestrutura, o que demanda mais tempo”, afirmou Miranda.

“Nosso objetivo é restabelecer 100% do fornecimento o mais rápido possível, mas há locais onde o estrago foi grande e a reconstrução leva tempo. Pedimos paciência aos clientes e reforçamos que todas as nossas equipes estão nas ruas trabalhando sem parar”, concluiu.

Danos e ressarcimentos

A concessionária orienta os clientes que tiveram aparelhos danificados pela oscilação da energia a solicitarem ressarcimento. “Os consumidores podem registrar o pedido pelo telefone 0800 721 0123, pelo site da EDP ou presencialmente em um posto de atendimento”, explicou.

“Nós sabemos que quedas e oscilações podem causar danos a equipamentos eletrônicos. Por isso, qualquer cliente que tenha sofrido prejuízos pode abrir um chamado e nossa equipe avaliará o pedido. A EDP segue todas as normativas para reembolsar os clientes sempre que a falha for comprovadamente de responsabilidade da concessionária”, garantiu Miranda.

Torres de transmissão
Foto: EDP (Divulgação)

Perguntas frequentes

1. Qual foi a causa do apagão?
A queda de quatro torres de transmissão em Aparecida devido a ventos acima de 100 km/h.

2. Quando a energia será totalmente restabelecida?
A previsão é de normalização até o final do dia, mas casos mais complexos podem levar mais tempo.

3. Como solicitar ressarcimento por aparelhos queimados?
O pedido pode ser feito pelo telefone 0800 721 0123, pelo site da EDP ou presencialmente.

4. Quais foram as cidades mais afetadas?
Aparecida, Guaratinguetá, Potim e Roseira ficaram totalmente sem energia. Outras cidades também foram impactadas.

5. Por que a restauração está demorando?
O acesso ao local das torres é difícil e muitas redes de distribuição foram danificadas.