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O que é DREX e como vai funcionar o Real Digital

O Banco Central (BC) do Brasil deu um passo significativo na implementação do Real Digital ao anunciar oficialmente que a moeda digital brasileira será denominada “Drex”. O anúncio ocorreu nesta segunda-feira (07/08), consolidando ainda mais a trajetória em direção à moeda digital nacional.

Desde março, a plataforma do Real Digital está em fase de testes, com as primeiras operações simuladas programadas para iniciar em setembro deste ano. Com o objetivo de ampliar as oportunidades de negócios e promover a inclusão financeira, o Real Digital, ou Drex, proporcionará um ambiente seguro com um risco mínimo de fraudes.

O Banco Central tem como intuito que o Drex seja utilizado principalmente no atacado para serviços financeiros, operando de maneira semelhante ao Pix, o sistema de transferências instantâneas lançado em 2020. O Drex será utilizado para transações de grandes quantias e diferentes finalidades, exigindo a conversão entre reais e a nova moeda digital para realizar transações.

Aqui está como funcionará a nova moeda digital oficial do Brasil:

O que é o Drex?

O Drex, também conhecido como real digital, funcionará como uma versão eletrônica do papel-moeda, sendo suportado pela tecnologia blockchain, a mesma utilizada pelas criptomoedas. Classificado como Central Bank Digital Currency (CBDC, Moeda Digital de Banco Central, em inglês), o Drex terá o valor garantido pela autoridade monetária, onde cada R$ 1 equivalerá a 1 Drex. O blockchain, considerado à prova de hackers, é uma tecnologia que assegura a inserção e transmissão de dados de forma segura, rápida e transparente.

Diferenças em Relação a Outras Criptomoedas

As criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, operam seguindo a lei da oferta e da demanda, fazendo com que seus valores flutuem diariamente, sem garantias de bancos centrais ou governos. O Drex, por sua vez, estará atrelado às moedas oficiais, variando de acordo com a taxa diária de câmbio baseada nos fundamentos e políticas econômicas de cada país. Essa diferença torna o Drex mais estável em relação às flutuações das criptomoedas.

Diferenças Entre Drex e Pix

Apesar de algumas semelhanças com o Pix, o Drex terá um funcionamento distinto. Enquanto o Pix lida com transferências em reais e obedece a limites de segurança determinados pelo Banco Central e instituições financeiras, o Drex utilizará a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas, permitindo transações com valores substancialmente maiores.

Serviços Oferecidos pelo Drex

O Drex possibilitará uma gama de serviços financeiros, incluindo transferências, pagamentos e até a compra de títulos públicos. Consórcios autorizados pelo Banco Central poderão desenvolver ainda mais possibilidades, como o pagamento instantâneo de parcelas de propriedades, veículos e benefícios sociais. Além disso, o Drex permitirá a utilização de contratos inteligentes, agilizando processos e reduzindo custos.

Acesso ao Drex

Previsto para ser lançado ao consumidor no final de 2024 ou início de 2025, o Drex será utilizado principalmente em transações entre instituições financeiras, operando por meio de carteiras virtuais. O processo será efetuado da seguinte maneira: o cliente converterá a quantia desejada em reais para a moeda digital através de uma carteira virtual operada por bancos, fintechs, cooperativas, corretoras e outras instituições financeiras. Essas instituições atuarão sob a supervisão do Banco Central.

Em um mundo cada vez mais digital, o Drex representa um novo capítulo na história financeira do Brasil, marcando um avanço rumo à modernização e inclusão financeira. Os próximos passos e testes do Drex serão cruciais para entender como essa moeda digital oficial pode transformar a maneira como realizamos transações financeiras.

Para mais informações e atualizações sobre o Drex e seu desenvolvimento, visite o site oficial do Banco Central.

Ativos

Os ativos a serem testados no projeto piloto serão os seguintes:

  • depósitos de contas de reservas bancárias;
  • depósitos de contas de liquidação;
  • depósitos da conta única do Tesouro Nacional;
  • depósitos bancários à vista;
  • contas de pagamento de instituições de pagamento;
  • títulos públicos federais.
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