A morte de Suely Lopes, de 40 anos, teve uma reviravolta na tarde desta quarta-feira (15/05), isso porque um homem apresentou-se espontaneamente, acompanhado de advogado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e disse ter atropelado algo na noite de terça-feira, pela estrada Avelino Júnior, porém não se sabe o que foi. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP
O motorista contou que não parou na estrada por estar noite e ser um local ermo e perigoso. O carro no qual estava foi apresentado na delegacia e, realmente, tinha para-brisa quebrado, marcas de sangue e até fios de cabelo, de acordo com o delegado seccional de Cruzeiro, João Paulo de Oliveira Abreu. O veículo foi apreendido e vai passar por perícia.
Ainda sim, o defensor público que defende o ex-companheiro de Suely, tido como principal do crime, e que foi preso instantes depois da morte da mulher, defendeu que estão presentes as condicionais relativas a prisão do homem, de 40 anos, no pedido de prisão dele.
O suspeito foi preso em flagrante pela PM. Ele tinha sido libertado do sistema penitenciário há pouco menos de três meses. Na noite desta terça, os policiais militares foram acionados e chegando ao local viram um homem correndo e o detiveram, porém ele estava alterado, recusando-se a abordagem, sendo necessário o uso de força moderada e emprego de algemas para contê-lo.
O caso gerou comoção na cidade ao longo da quarta-feira.
Relatos de testemunha
Uma testemunha ocular dos acontecimentos contou à Polícia que estava próximo ao local dos fatos, uma vez que o caminhão com o qual trabalha apresentou problemas mecânicos, e enquanto tentava repará-lo presenciou um casal brigando e viu um homem agredindo uma mulher. O suspeito, segundo a testemunha trazia a mulher com um golpe conhecido como “mata-leão”, a segurando pelo pescoço com seu braço esquerdo e com o direito segurava os braços dela.
Ele narrou ainda que estava embaixo do caminhão tentando repará-lo e ao olhar para o casal, o homem disse ao caminhoneiro que era sua mulher e que ela era usuária de drogas e a estava levando para casa. Minutos depois, a testemunha ouviu e viu uma Van parando próximo ao local do crime e dela desceram várias pessoas. Ele se levantou e foi ver o que estava acontecendo e os passageiros o informaram de que havia uma mulher caída ao solo.
Na sequência, o suspeito retornou ao local e arremessou diversas pedras contra o caminhoneiro e havia lhe perguntando onde a testemunha havia escondido a mulher dele, acusando-o de tê-la colocado no interior do caminhão.
A testemunha disse que chegou a pegar uma barra de ferro para se defender, visto a grande compleição física do acusado. Os passageiros que desceram da Van chegaram a intervir. Na sequência, os policiais chegaram e fizeram a prisão do companheiro de Suely.
A testemunha não fez menção a um possível atropelamento, mas a polícia já trabalhava com esta hipótese na manhã desta quarta.
Medida Protetiva
Suely Lopes já tinha medida protetiva contra o companheiro, solicitada através de um boletim de ocorrência que foi registrado em 13 de março de 2024. Em fevereiro, ela já havia registrado boletim de ocorrência contra o companheiro. O indiciado já tinha antecedentes de embriaguez ao volante, violência doméstica, danos e ameaça. Um familiar da vítima disse que já havia alertado a vítima a respeito do perigo estando na companhia do acusado.
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