Embraer São José dos Campos encerra 2024 com receita recorde e perspectiva é que 2025 seja ainda melhor

A Embraer São José dos Campos anunciou os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2024 (4T24) e ao acumulado do ano, registrando uma receita recorde de R$ 35,4 bilhões, o maior faturamento da história da companhia, com um crescimento de 36% em relação ao ano anterior. O desempenho foi impulsionado pela expansão nos setores de Defesa & Segurança, que teve um aumento de 55% na receita, e Aviação Executiva, que cresceu 42% no mesmo período. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO

No 4T24, a receita recorde da empresa totalizou R$ 13,7 bilhões, um avanço de 41% em relação ao mesmo trimestre de 2023. O lucro líquido ajustado do ano foi de R$ 2,6 bilhões, mais que o triplo dos R$ 783,6 milhões registrados no ano anterior. O EBIT ajustado ficou em R$ 4,0 bilhões, com uma margem operacional de 11,3%, acima das estimativas revisadas para o período.

Entregas e carteira de pedidos

A Embraer entregou 75 aeronaves no 4T24, sendo 31 jatos comerciais e 44 jatos executivos. No acumulado de 2024, as entregas totalizaram 206 aeronaves, um crescimento de 14% em relação a 2023. O volume foi composto por:

73 jatos comerciais (47 modelos E2 e 26 E1);
130 jatos executivos (75 leves e 55 médios);
3 aeronaves KC-390 Millennium, destinadas ao setor de Defesa & Segurança.

A carteira de pedidos firmes da empresa alcançou o recorde de US$ 26,3 bilhões, um crescimento de 40% na comparação anual. O maior avanço ocorreu nos setores de Serviços & Suporte (+65%), Defesa & Segurança (+50%) e Aviação Executiva (+70%). A Aviação Comercial teve um aumento de 15% no mesmo período.

Resultados por unidade de negócio

Aviação Comercial

A receita recorde da Aviação Comercial cresceu 58%, atingindo R$ 5,8 bilhões em 2024. A margem EBIT ajustada foi de 8,5%, refletindo o aumento na entrega de aeronaves e a valorização do dólar frente ao real.

Aviação Executiva

A divisão registrou faturamento de R$ 3,8 bilhões, um avanço de 27% sobre 2023. A margem EBIT ajustada ficou em 10,5%, impactada pela variação no mix de produtos e pelo nivelamento da produção.

Defesa & Segurança

O setor faturou R$ 1,4 bilhão, um crescimento de 39%, impulsionado pela entrega de aeronaves A-29 Super Tucano e KC-390. A margem EBIT ajustada passou de 2,8% para 17,5%, refletindo o impacto positivo das entregas.

Serviços & Suporte

O faturamento atingiu R$ 2,6 bilhões, 35% acima do ano anterior. A margem EBIT ajustada cresceu para 17,5%, favorecida pelo aumento da demanda por manutenção e suporte técnico.

Fluxo de caixa e investimentos

A Embraer reportou um fluxo de caixa livre ajustado de R$ 6,0 bilhões no 4T24 e R$ 4,6 bilhões no acumulado do ano. Com isso, a companhia encerrou 2024 com um endividamento líquido de R$ 684,6 milhões, reduzindo sua alavancagem financeira para 0,1x do EBITDA, ante 1,4x em 2023.

Os investimentos da Embraer totalizaram R$ 2,2 bilhões em 2024, distribuídos da seguinte forma:

R$ 1,0 bilhão em despesas de capital;
R$ 188,5 milhões em peças de reposição;
R$ 686,8 milhões em ativos intangíveis;
R$ 271,0 milhões em pesquisa e desenvolvimento.

A Eve, unidade da Embraer voltada para mobilidade aérea urbana, investiu R$ 816,7 milhões, focando na fase final de desenvolvimento de seu veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL).

Classificação de crédito e perspectivas

Em dezembro de 2024, a agência Moody’s elevou a nota de crédito da Embraer de Ba1 para Baa3, concedendo à empresa o grau de investimento (Investment Grade). Com isso, as três principais agências de classificação de risco dos Estados Unidos passaram a avaliar a companhia dentro da categoria de grau de investimento.

Para os próximos anos, a Embraer planeja investimentos de R$ 20 bilhões até 2030, com foco na ampliação da produção de aeronaves, expansão internacional e no desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis, consolidando sua posição como uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo.